(Aparece uma figura monstruosa para uma mulher que está caminhando sozinha por uma rua deserta à noite. A mulher tenta escapar, mas fica imóvel; de tão nervosa, não consegue comandar mais as pernas).
O Monstro (aproxima-se da mulher, que aparenta ter uns trinta anos): Calma, senhora. Só quero lhe perguntar uma coisa: a senhora não viu por essas redondezas um monstro?
A Mulher(ainda assustada): Não, quer dizer, vi. Não é o senhor por acaso?
O Monstro: Não, eu posso ter cara de monstro, mas não sou um monstro. Os monstros geralmente têm um rosto harmônico, expressão suave, são persuasivos, falam com fluência, e aí é que levam as pessoas a pensar que são seres adoráveis e cometem barbaridades.
A Mulher: Então o senhor não é o monstro?
O Monstro: Não. Há monstros na política, nas empresas que vendem produtos com defeito, há muitos monstros por aí, tome cuidado.
A Mulher: Até que o sr. é simpático. E obrigado pelo aviso.
O Monstro: Prazer em conhecê-la.
A Mulher: O prazer foi meu.
(O Monstro dá a mão à mulher. Despendem-se, o monstro sai de cena e a mulher, ainda perturbada, fica pensando no que ele disse).
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário