(O carteiro chega à casa de um homem de mais de 80 anos, aperta a campainha, o homema aparece).
O Carteiro (carregando um carrinho cheio de cartas): Estas cartas são para o senhor.
O Homem: Não é possível. Eu não recebo cartas há mais de dez anos. Só recebo contas de luz, telefone e água. Deve ser algum engano.
O Carteiro: O seu nome não é Aurélio Nicanor de Sousa Queiroz?
O Homem: Exatamente.
O Carteiro: Então está correto.
( O Carteiro lhe entrega todas as cartas, despede-se, e ele começa a lê-las espantado, sentado no chão).
O Homem (depois de ler três ou quatro cartas e de olhar para o remetente de várias outras: São cartas de parentes e amigos que já morreram. Eles dizem que existe vida após a morte. Mas por que será que resolveram me escrever justo hoje?
(O Homem aos poucos vai perdendo a expressão, a luz no olhar, transforma-se em uma estátua, ficando totalmente imóvel enquanto a luz se apaga).
domingo, 28 de junho de 2009
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