(Dois senadores conversando em uma sala fechada)
Senador 1: Você tem certeza que não há nenhuma câmera nos filmando?
Senador 2: Absoluta.
Senador 1: Quanto eu vou ganhar nessa transação?
Senador 2: 500 mil.
Senador 1: É pouco.
Senador 2: Você está esquecendo dos outros esquemas?
Senador 1: Como é bom ser senador neste País. É o melhor emprego do mundo.
Senador 2: Precisamos começar a campanha.
Senador 1: Ganharemos como sempre. A maioria é trouxa. Cai no nosso papo que nem patinho.
Senador 2: Fala baixo, senador.
Senador 1: Você tem certeza que não tem câmera mesmo?
Senador 2: Absoluta.
Senador 1: Estamos no paraíso.
Senador 2: No paraíso.
(um olha para o outro com cara de safado e as luzes se apagam).
domingo, 12 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
O HOMEM CIRCULAR
(Dois homens estão em uma praça pública. Um deles não para de andar em círculos. O outro está parado).
O Homem parado: Por que você só anda em círculo?
O Homem circular (para um pouco para responder e volta a circular): Todos andamos em círculo. A maioria finge ter novas ideias, mas tem uma vida monótona, circular. Eu pelo menos assumo com o corpo o que praticamente toda a humanidade é por dentro.
O Homem parado: Não dá tontura?
O Homem circular: Já me acostumei. Desde pequeno, levo a vida em círculos.
Você também.
O Homem parado: Eu não. (De repente, o homem parado começa a andar em círculos, quase cai, aos poucos vai recuperando o equilíbrio e continua a circular. Os dois andam em círculo): Sabe que você tem razão.
O Homem parado: Por que você só anda em círculo?
O Homem circular (para um pouco para responder e volta a circular): Todos andamos em círculo. A maioria finge ter novas ideias, mas tem uma vida monótona, circular. Eu pelo menos assumo com o corpo o que praticamente toda a humanidade é por dentro.
O Homem parado: Não dá tontura?
O Homem circular: Já me acostumei. Desde pequeno, levo a vida em círculos.
Você também.
O Homem parado: Eu não. (De repente, o homem parado começa a andar em círculos, quase cai, aos poucos vai recuperando o equilíbrio e continua a circular. Os dois andam em círculo): Sabe que você tem razão.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
O HOMEM CONTRA AS CUECAS
(Um homem chega a uma loja de roupa masculinas e vai logo perguntando para a balconista)
O Homem: Você vende cuecas?
A balconista: É claro. Tenho de várias marcas. Qual o sr. prefere?
O Homem: Nenhuma.
A balconista: (Dá um sorriso constrangido): Eu não estou entendendo, sr.
O Homem: Você não deveria vender cuecas. Sou empresário, político, e nunca precisei de cuecas. A cueca não faz o homem. Muito pelo contrário. É uma peça que deveria ser abolida do vestuário masculino. Tenho filhos, sempre me dei com as mulheres, e nunca precisei de cuecas. Vou escrever um livro, que é uma verdadeira teoria sobre o perigo das cuecas.
A balconista (olha o cliente de olhos vidrados, sem entender nada).
(O homem continua falando sem parar, em forma de discurso):
O Homem: Todos os homens deveriam se unir e queimar todas as cuecas do mundo.
Só quando as cuecas forem abolidas, é que o homem se sentirá livre para viver sem nada que o limite. (Vai embora olhando para a balconista e para a plateia com a máxima arrogância).
O Homem: Você vende cuecas?
A balconista: É claro. Tenho de várias marcas. Qual o sr. prefere?
O Homem: Nenhuma.
A balconista: (Dá um sorriso constrangido): Eu não estou entendendo, sr.
O Homem: Você não deveria vender cuecas. Sou empresário, político, e nunca precisei de cuecas. A cueca não faz o homem. Muito pelo contrário. É uma peça que deveria ser abolida do vestuário masculino. Tenho filhos, sempre me dei com as mulheres, e nunca precisei de cuecas. Vou escrever um livro, que é uma verdadeira teoria sobre o perigo das cuecas.
A balconista (olha o cliente de olhos vidrados, sem entender nada).
(O homem continua falando sem parar, em forma de discurso):
O Homem: Todos os homens deveriam se unir e queimar todas as cuecas do mundo.
Só quando as cuecas forem abolidas, é que o homem se sentirá livre para viver sem nada que o limite. (Vai embora olhando para a balconista e para a plateia com a máxima arrogância).
quinta-feira, 9 de julho de 2009
O MUQUIRANA
(O muquirana tem mais de 300 casas de aluguel e chora miséria. Ele chega a um boteco para negociar salgadinhos com o dono do bar).
O Muquirana: Quantas coxinhas sobraram hoje?
O dono do bar: Cinco coxinhas e dois croquetes.
O Muquirana: Vamos então negociar.
O dono do bar: 2 vezes sete dá 14 reais. Está bom treze?
O Muquirana: Essas coxinhas estão tão enrugadinhas.
O dono do bar: 12.
O Muquirana: É o meu almoço.
O dono do bar: 10.
O Muquirana (tira uns trocados amassados do bolso e dá a ele).
O dono do bar: Só nove. Tudo bem.
(O Muquirana vai embora carregando os salgadinhos abraçando-os com cuidado para não se visto).
O dono: Esse é o miserável dos miseráveis. Tem mais de 300 casas de aluguel e come esses salgadinhos que ninguém quis. Pobreza...de espírito.
O Muquirana: Quantas coxinhas sobraram hoje?
O dono do bar: Cinco coxinhas e dois croquetes.
O Muquirana: Vamos então negociar.
O dono do bar: 2 vezes sete dá 14 reais. Está bom treze?
O Muquirana: Essas coxinhas estão tão enrugadinhas.
O dono do bar: 12.
O Muquirana: É o meu almoço.
O dono do bar: 10.
O Muquirana (tira uns trocados amassados do bolso e dá a ele).
O dono do bar: Só nove. Tudo bem.
(O Muquirana vai embora carregando os salgadinhos abraçando-os com cuidado para não se visto).
O dono: Esse é o miserável dos miseráveis. Tem mais de 300 casas de aluguel e come esses salgadinhos que ninguém quis. Pobreza...de espírito.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
O PRESIDENTE
(O chefe de gabinete chega para o presidente de LISARB e pergunta a ele)
Chefe de gabinete: Qual é a sua próxima decisão, presidente?
Presidente: Pode agendar uma viagem para o Japão.
Chefe de gabinete: O sr. já viajou para o Japão.
Presidente: Então agenda uma viagem para o Afeganistão.
Chefe de gabinete: Lá é muito perigoso, presidente. O país está em guerra permanente.
Presidente: Então agenda para qualquer país. Governar é muito chato, dá no saco.
Chefe de gabinete: O sr. é que manda, presidente.
Presidente: Você ainda não viu nada.
(O presidente olha para o chefe de gabinete com ar de superioridade).
Chefe de gabinete: Qual é a sua próxima decisão, presidente?
Presidente: Pode agendar uma viagem para o Japão.
Chefe de gabinete: O sr. já viajou para o Japão.
Presidente: Então agenda uma viagem para o Afeganistão.
Chefe de gabinete: Lá é muito perigoso, presidente. O país está em guerra permanente.
Presidente: Então agenda para qualquer país. Governar é muito chato, dá no saco.
Chefe de gabinete: O sr. é que manda, presidente.
Presidente: Você ainda não viu nada.
(O presidente olha para o chefe de gabinete com ar de superioridade).
segunda-feira, 6 de julho de 2009
OS ROTULADOS
(No palco, estão cinco pessoas, cada uma com um rótulo grande no peito: Gordo, magro, doido, alto, baixo. Estão andando de um lado para outro em círculo. De repente, chega um homem sem rótulo, que olha para os rotulados com assombro, examinando cada um minuciosamente. Os rotulados param de repente)
O Gordo (para o homem): Qual é o seu rótulo?
A magra: Você não pode vir aqui sem rótulo.
O Homem(sem entender nada); Eu não tenho rótulo.
O Baixo: Que horror! Ele não tem rótulo.
O Doido: Que doidura. Ele não tem rótulo. Que doidura.
O Homem: Eu não preciso de rótulo.
O Alto: Aí é que você se engana. Sem rótulo você não sobrevive aqui. E nos deixe em paz.
(Os cinco gritam para o homem, que vai embora apavorado): Fora! Fora! Fora! Homem sem rótulo não vale nada. Fora! Fora!Fora!
(Voltam a caminhar em círculos exibindos os rótulos).
O Gordo (para o homem): Qual é o seu rótulo?
A magra: Você não pode vir aqui sem rótulo.
O Homem(sem entender nada); Eu não tenho rótulo.
O Baixo: Que horror! Ele não tem rótulo.
O Doido: Que doidura. Ele não tem rótulo. Que doidura.
O Homem: Eu não preciso de rótulo.
O Alto: Aí é que você se engana. Sem rótulo você não sobrevive aqui. E nos deixe em paz.
(Os cinco gritam para o homem, que vai embora apavorado): Fora! Fora! Fora! Homem sem rótulo não vale nada. Fora! Fora!Fora!
(Voltam a caminhar em círculos exibindos os rótulos).
domingo, 5 de julho de 2009
OS CEGOS
(Um cego está sentado em um banco de jardim quando chega um homem de chapéu perto dele).
O Homem de Chapéu: Posso sentar aqui do seu lado?
O Cego: Fique à vontade.
O Homem de Chapéu: Você está acompanhando a crise no Senado?
O Cego: Eu sou cego.
O Homem de Chapéu: Não é uma pouca vergonha tanto ato secreto, tanto dinheiro sendo usado em contas escondidas?
O Cego: Eu sou cego.
O Homem de Chapéu: O que você acha do atual presidente da república?
O Cego: Eu sou cego. E você?
O Homem de Chapéu: Eu gosto dele. Você pode até dizer que eu também sou cego, mas depois que ele entrou, não preciso trabalhar mais, só faço um filho por ano e a minha renda vai aumentando cada vez mais.
O Cego: Você é cego.
(Ficam parados. O homem de chapéu olha para o cego surpreso com o que acabou de ouvir).
O Homem de Chapéu: Posso sentar aqui do seu lado?
O Cego: Fique à vontade.
O Homem de Chapéu: Você está acompanhando a crise no Senado?
O Cego: Eu sou cego.
O Homem de Chapéu: Não é uma pouca vergonha tanto ato secreto, tanto dinheiro sendo usado em contas escondidas?
O Cego: Eu sou cego.
O Homem de Chapéu: O que você acha do atual presidente da república?
O Cego: Eu sou cego. E você?
O Homem de Chapéu: Eu gosto dele. Você pode até dizer que eu também sou cego, mas depois que ele entrou, não preciso trabalhar mais, só faço um filho por ano e a minha renda vai aumentando cada vez mais.
O Cego: Você é cego.
(Ficam parados. O homem de chapéu olha para o cego surpreso com o que acabou de ouvir).
sábado, 4 de julho de 2009
O ATEU
(Na primeira cena, o ateu chega a um lugar dominado por uma luz azul intensa. Um homem vestido de branco o recebe)
O Homem de branco: Pode entrar.
O Ateu: Onde eu estou?
O Homem de Branco: No céu.
O Ateu: Não pode ser. Eu não acredito em céu. Eu sempre fui ateu. Não será agora depois de morto que mudarei de opinião.
O Homem de branco( irritado): Não quer acreditar, não acredite. Então vá para o inferno.
(A luz azul é substituída por uma luz vermelha. Um homem vestido de vermelho vem receber o ateu).
O Ateu: Onde eu estou?
O Homem de Vermelho: Seja bem-vindo ao inferno.
O Ateu: Eu sou ateu. Não acredito nessa baboseira.
O Homem de Vermelho: Então desapareça daqui já.
(A luz vermelha se apaga e uma fumaça branca surge, na qual desaparece o ateu como se fosse uma nuvem de poeira).
O Homem de branco: Pode entrar.
O Ateu: Onde eu estou?
O Homem de Branco: No céu.
O Ateu: Não pode ser. Eu não acredito em céu. Eu sempre fui ateu. Não será agora depois de morto que mudarei de opinião.
O Homem de branco( irritado): Não quer acreditar, não acredite. Então vá para o inferno.
(A luz azul é substituída por uma luz vermelha. Um homem vestido de vermelho vem receber o ateu).
O Ateu: Onde eu estou?
O Homem de Vermelho: Seja bem-vindo ao inferno.
O Ateu: Eu sou ateu. Não acredito nessa baboseira.
O Homem de Vermelho: Então desapareça daqui já.
(A luz vermelha se apaga e uma fumaça branca surge, na qual desaparece o ateu como se fosse uma nuvem de poeira).
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